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Caetano e Bethânia carregam caixão da mãe, que morreu aos 105 anos


Corpo de Dona Canô é enterrado em Santo Amaro
O sepultamento foi acompanhado por familiares, amigos e moradores do município que foram se despedir da 'mãe dos santo-amarenses'





O corpo de Dona Canô, matriarca da família Velloso, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (26) no cemitério de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. O sepultamento foi acompanhado por familiares, amigos e moradores do município que foram se despedir da 'mãe dos santo-amarenses'. O corpo seguiu em cortejo após a missa de corpo presente realizada durante a manhã na Igreja da Matriz na Praça da Purificação.

Celebrada por Dom Giovani, bispo auxiliar de Salvador, e por monsenhor Valter Pinto, pároco da Igreja, a missa da matriarca da família Veloso começou por volta das 8h30, contou com a presença de parentes e amigos e foi marcada por muita emoção.


Missa ficou lotada para a despedida da matriarca família Velloso

Os filhos de Dona Canô ajudaram a carregar o caixão da mãe, coberto pela bandeira de Santo Amaro até a igreja. O prefeito eleito de Salvador, ACM Neto, o presidente da Rede Bahia, ACM Junior, e a cantora Margareth Menezes também estão na cidade para acompanhar o enterro da matriarca.

Uma pista da avenida Viana Bandeira, onde a família vive, foi interditada pela Polícia Militar durante o traslado do corpo, que aconteceu depois de nove horas de velório fechado na casa da família.


Clara Velloso, filha de dona Canô, se despede da mãe em missa (Foto: Instagram/Heider Mustafá)

O caixão com o corpo de Dona Canô foi colocado em um carro funerário sob o aplauso de cerca de 500 pessoas que velavam em frente à casa da família. Caetano Veloso e Maria Bethânia ajudaram a carregar o caixão.

A estimativa da Polícia Militar é de que 3 mil pessoas acompanharam o carro até a chegada ao memorial. Os sinos da igreja de Nossa Senhora da Purificação foram tocados no momento da chegada do corpo, quando Dona Canô foi novamente aplaudida.


Cantora Maria Bethânia, filha caçula, se despede da mãe

O cantor Caetano Veloso, que viajou de madrugada para Salvador para ficar com os filhos, voltou para Santo Amaro no final da tarde para acompanhar o velório da mãe. Todos os filhos de Dona Canô passaram o Natal ao lado dela. Ele entrou em casa pelo portão dos fundos. Amigos da família levaram quadros da casa para decorar o memorial.

A ialorixá de Gantois mãe Carmen de Oliveira também está na cidade para o velório. "Sempre que a gente se encontrava, a pergunta era inevitável: quem vai (morrer) primeiro? Tenho certeza que Olorum guarda um lugar especial para ela no céu", declarou ao Uol.

Luto oficial
O governador Jaques Wagner decretou luto oficial de três dias na Bahia por conta da perda. Em nota, Wagner destacou "a força, doçura e coragem" de Dona Canô. "Em meu nome e de todos os baianos, presto solidariedade à família desta grande mulher, que representou o que a Bahia tem de melhor, um símbolo de força, doçura e coragem", diz a nota. O prefeito Ricardo Machado, de Santo Amaro, também decretou luto oficial na cidade pelo mesmo período.

Dona Canô morreu na manhã desta terça (25) de parada cardíaca, dez dias depois de sofrer uma isquemia cerebral. Ela chegou a ser internada no Hospital São Rafael, na capital baiana, mas recebeu alta na sexta e passou a contar com cuidados domiciliares. "Ela queria ir embora do hospital, ela pediu. Disse que queria morrer em Santo Amaro, na casa dela. Não teve dor e isso foi muito bom", disse a filha Maria Clara.




Centenária baiana
Claudionor Viana Teles Velloso, mais conhecida como Dona Canô, era uma cidadã baiana centenária. Mãe de seis filhos, entre eles os músicos Caetano Veloso, Maria Bethânia, era viúva de José Teles Velloso (Seu Zeca), funcionário público dos Correios, falecido em 13 de dezembro de 1983, aos 82 anos.

Considerada uma das mais ilustres cidadãs de Santo Amaro da Purificação, teve publicada suas memórias no livro 'Canô Velloso, lembranças do saber viver', escrito pelo historiador Antônio Guerreiro de Freitas e por Arthur Assis Gonçalves da Silva, falecido antes do término da obra.

Quando perguntada sobre a própria fama, Dona Canô sempre disse que não entendia a razão: "Apenas fiquei conhecida por causa de meus dois filhos que nunca se esqueceram de onde vieram nem da mãe que têm".


Fonte: correio24horas



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