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Tarantino desenterra tormentos da escravidão nos EUA em 'Django Livre'



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LOS ANGELES, 24 Dez (Reuters) - Vinte anos depois de Quentin Tarantino ter lançado seu primeiro filme, "Cães de Aluguel", o diretor voltou os olhos para a história da escravidão nos Estados Unidos em "Django Livre", uma história de vingança repleta de sangue, no estilo que é a sua marca.

Tarantino, de 49 anos, tornou-se sinônimo de violência e humor negro, enfrentando nazistas em "Bastardos Inglórios" e mafiosos em "Pulp Fiction".

Em "Django Livre", com estreia prevista nos EUA no dia de Natal, ele combina um faroeste de ação e aventura, incluindo caubóis, com uma narrativa de vingança racial ambientada no século 19, antes da abolição da escravidão nos Estados Unidos.

O ator Jamie Foxx faz um escravo cuja liberdade é comprada por um ex-dentista, interpretado por Christoph Waltz. Os dois se lançam como caçadores de recompensas, atrás de assaltantes e ladrões de gado, até voltarem sua atenção para fazendeiros brutais no interior do Sul dos Estados Unidos.

Tarantino é bem versado na encenação de violência, mas disse que enfrentou "bastante ansiedade" ao filmar as cenas de escravidão. Ele já começou sob o fogo de alguns críticos por causa do uso freqüente no filme de um insulto racial dirigido a negros.

O diretor declarou que inicialmente hesitou em pedir a atores negros que interpretassem escravos acorrentados e chicoteados, e até mesmo chegou a pensar em filmar fora dos Estados Unidos.

Mas um jantar com o veterano ator Sidney Poitier, premiado com o Oscar, e a quem Tarantino chamou de "figura paterna", o fez mudar de ideia depois de Poitier lhe pedir para não "ter medo" de seu filme.

"Este filme é uma profunda, profunda, profunda história americana, e que precisava ser feito por um americano, e precisava de astros americanos. ... Muitos dos filmes que lidam com esta questão têm geralmente britânicos no papel de sulistas e criam esse distanciamento", disse Tarantino. Continuação...

Fonte: reuters.com



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